segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Sala de Leitura do Arquivo Histórico de Moçambique acolhe  III Oficina de História
A sala de leitura do Arquivo Histórico de Moçambique (AHM) acolheu, na última sexta-feira, a 3.ª Oficina de História, subordinada ao tema “Como Explicar o Alto Índice de Reprovações nos Exames de História no Ensino Secundário Geral”.

Com um painel composto por professores e membros de associações ligadas à educação, o encontro, que juntou estudantes e investigadores, pretendia discutir o alto índice de reprovações na cadeira de História no ensino geral moçambicano, ambicionando sintetizar, a partir das opiniões dos participantes, possíveis soluções para o problema.

“Esta iniciativa é, sem dúvida, uma mais-valia para se refletir sobre as razões das reprovações massivas na cadeira de História e nas outras disciplinas, no geral”, disse Jorge Jairoce, moderador, professor na Universidade Pedagógica e director da Biblioteca Nacional de Moçambique, falando à imprensa, à margem do encontro.
 
No geral, desajuste do modelo de ensino no que respeita à realidade do país, a falta de um inquérito nacional para elaboração dos exames e a ineficácia dos manuais usados foram apontadas como as principais causas do alto índice de reprovações, tendo sido, no entanto, destacada também a necessidade de se evitar generalizações, na medida em que cada disciplina tem suas particularidades.

Sérgio Maúngue, investigador no AHM e que já foi professor por 28 anos, justificou o alto índice de reprovações no ensino geral moçambicano com problemas de caráter estrutural, sustentando que o país precisa de políticas educacionais que incentivem o estudante.

“Por exemplo, as passagens automáticas nas primeiras classes são um problema a longo prazo, na medida em que não incentivam o aluno a estudar e os resultados, futuramente, são estes”, disse, falando à imprensa, o investigador, reiterando a necessidade de serem elaborados exames que respeitam o contexto moçambicano.

Por seu turno, Yavalane Sérgio Parruque, um dos oradores do encontro, professor secundário e mestrando em Desenvolvimento Curricular e Institucional, referiu, durante a sua intervenção, que a adoção de novas políticas no que respeita à preparação do professor seria imprescindível para que se ultrapasse este problema, enaltecendo a importância de o educador conhecer as dificuldades do educando, elemento básico para o processo de ensino e aprendizagem.

“Nós, como professores, precisamos de conhecer o nosso aluno, só assim será feito um acompanhamento eficaz”, reiterou o professor no ensino geral moçambicano há 13 anos, acrescentando que os últimos dados divulgados pelo Ministério da Educação sobre as reprovações são lastimáveis.

Oficiais de Comunicação:
Telcinia dos Santos Nhantumbo
Correio Eletrónico: telcinia.jdebate@gmail.com
Tel:847489538
                  e
Etelvina Teodoso dos Santos
Correio Eletrónico: etelvinadossantos8@gmail.com
Tel:829905035

Para mais informação, por favor, contacte também aos Coordenadores:
Elcídio Rui Macuácua, Ivan Castigo Zacarias  (da Associação Académica Bandla), Davis Naissone Cossa  (estudante do Departamento de História da UEM)  e AbubacarFofana Leon, Professor Visitante, The Harriet Tubman Institute for Research on Africa and its Diasporas, York University, Canadá.
E-mail e Telefone: (oficinadehistoriamoz@gmail.com)-825326602/826956165/845998335
Facebook: Oficina de História (Moçambique)
Blog: http://oficinadehistoriamocambique.blogspot.com/    

Com o apoio: Arquivo Histórico de Moçambique (AHM);
Biblioteca do Centro Cultural Americano;
Associação Académica Bandla.

Sem comentários:

Enviar um comentário