Sala de Leitura do Arquivo Histórico de Moçambique acolhe III Oficina de
História
A sala de leitura do Arquivo
Histórico de Moçambique (AHM) acolheu, na última sexta-feira, a 3.ª Oficina de
História, subordinada ao tema “Como Explicar o Alto Índice de Reprovações
nos Exames de História no Ensino Secundário Geral”.
Com um painel composto por
professores e membros de associações ligadas à educação, o encontro, que juntou
estudantes e investigadores, pretendia discutir o alto índice de reprovações na
cadeira de História no ensino geral moçambicano, ambicionando sintetizar, a
partir das opiniões dos participantes, possíveis soluções para o problema.
“Esta iniciativa é, sem
dúvida, uma mais-valia para se refletir sobre as razões das reprovações
massivas na cadeira de História e nas outras disciplinas, no geral”, disse Jorge
Jairoce, moderador, professor na Universidade Pedagógica e director da
Biblioteca Nacional de Moçambique, falando à imprensa, à margem do encontro.
No geral, desajuste do
modelo de ensino no que respeita à realidade do país, a falta de um inquérito
nacional para elaboração dos exames e a ineficácia dos manuais usados foram
apontadas como as principais causas do alto índice de reprovações, tendo sido,
no entanto, destacada também a necessidade de se evitar generalizações, na
medida em que cada disciplina tem suas particularidades.
Sérgio Maúngue, investigador
no AHM e que já foi professor por 28 anos, justificou o alto índice de
reprovações no ensino geral moçambicano com problemas de caráter estrutural,
sustentando que o país precisa de políticas educacionais que incentivem o
estudante.
“Por exemplo, as passagens
automáticas nas primeiras classes são um problema a longo prazo, na medida em
que não incentivam o aluno a estudar e os resultados, futuramente, são estes”,
disse, falando à imprensa, o investigador, reiterando a necessidade de serem
elaborados exames que respeitam o contexto moçambicano.
Por seu turno, Yavalane
Sérgio Parruque, um dos oradores do encontro, professor secundário e mestrando
em Desenvolvimento Curricular e Institucional, referiu, durante a sua
intervenção, que a adoção de novas políticas no que respeita à preparação do
professor seria imprescindível para que se ultrapasse este problema,
enaltecendo a importância de o educador conhecer as dificuldades do educando,
elemento básico para o processo de ensino e aprendizagem.
“Nós, como professores,
precisamos de conhecer o nosso aluno, só assim será feito um acompanhamento
eficaz”, reiterou o professor no ensino geral moçambicano há 13 anos,
acrescentando que os últimos dados divulgados pelo Ministério da Educação sobre
as reprovações são lastimáveis.
Oficiais
de Comunicação:
Telcinia dos Santos Nhantumbo
Correio Eletrónico: telcinia.jdebate@gmail.com
Tel:847489538
e
Etelvina Teodoso dos Santos
Correio Eletrónico: etelvinadossantos8@gmail.com
Tel:829905035
Para mais
informação, por favor, contacte também aos Coordenadores:
Elcídio Rui Macuácua, Ivan
Castigo Zacarias (da Associação Académica Bandla), Davis Naissone
Cossa (estudante do Departamento de História da UEM)
e AbubacarFofana Leon, Professor Visitante, The Harriet Tubman Institute
for Research on Africa and its Diasporas, York University, Canadá.
Facebook: Oficina de
História (Moçambique)
Blog:
http://oficinadehistoriamocambique.blogspot.com/
Com o apoio: Arquivo Histórico de Moçambique (AHM);
Biblioteca
do Centro Cultural Americano;
Associação
Académica Bandla.
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